Polêmicas do recrutamento: 5 erros que profissionais de RH cometem

Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por polêmicas envolvendo profissionais de RH e a forma com que são realizados os recrutamentos para empresas. 

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Primeiro, um áudio vazado no Linkedin falava em que uma recrutadora dizia o tipo de aparência que era necessária para determinada vaga. 

Depois, a responsável de uma empresa que tratou mal uma candidata que enviou um currículo no número por engano. 

A discussão tomou grandes proporções, chegou inclusive na TV aberta no programa Encontro com Fátima Bernardes, e viu-se que o buraco era mais embaixo: esses erros são mais recorrentes do que a mídia mostra. 

Se você é profissional de RH, veja neste post coisas para não fazer no seu dia a dia.

Se você é alguém que está procurando emprego, veja comportamentos errados que não são normais e não devem ser aceitos. 

Neste post, você vai conferir:

  • Polêmicas do recrutamento das últimas semanas
  • 5 erros que profissionais de RH cometem

Polêmicas do recrutamento das últimas semanas

No último dia 20 de outubro, o Ministério Público do Rio Grande do Sul começou a apurar um áudio discriminatório de uma funcionária de uma farmácia da região, que dizia para os outros colaboradores terem cuidado ao selecionar pessoas gordas, tatuadas, ou LGBTQIA+. 

O problema é que, por algum motivo, esse áudio foi vazado e viralizou em todas as redes sociais, com pessoas indignadas com a situação. 

Outro caso, que aconteceu no dia 16 de outubro, diz respeito a uma mulher que mandou currículo para o Whatsapp de uma empresa e foi destratada por ter erros de português. 

Na ocasião, a funcionária da loja corrigiu os erros de forma debochada e sugeriu que a pessoa que mandou a mensagem fizesse um curso antes de procurar emprego. 

Duas situações constrangedoras, não é?

O problema é que esses eventos trouxeram à tona que muitos profissionais de Recursos Humanos pararam no tempo e não evoluíram o quanto deveriam.

O mundo mudou, e a expectativa para essa área de atuação é que se aceite as pessoas como elas são, na sua diversidade. 

Preconceito, discriminação e maus tratos a quem é diferente já está fora de moda – por que um dia isso foi normal – e quem não se adepta, precisa estudar e aprender como lidar com todas as pessoas. 

Você já passou por alguma situação em que se sentiu discriminado em uma entrevista de emprego? 

Nas linhas abaixo, é possível que você identifique algumas coisas em comum com situações do dia a dia. 

5 erros que profissionais de RH cometem

Não entender que o mundo mudou

Como citamos nos parágrafos anteriores, o mundo mudou e, consequentemente, o departamento de recursos humanos deveria ter mudado também e passado a aceitar o diferente. 

Desde muito tempo, as pessoas são julgadas pela aparência e essa quebra de paradigma tem acontecido com cada vez mais força, em todos os âmbitos da sociedade. 

Ignorar isso, é ignorar a representatividade que há no mundo, representatividade essa que as marcas precisam ter todos os dias. 

Existem nas mídias muitas histórias de pessoas que foram questionadas em recrutamentos por causa do cabelo crespo, de tatuagens, e até pelo tom de pele. 

Isso não existe mais – e nunca deveria ter existido. 

Os Recursos Humanos de uma empresa precisam se atentar para aquele que bem que é o mais precioso para sua área: os seres humanos. 

Exigir conhecimentos desnecessários para a função

Outro ponto comum e que ainda está passando por uma quebra de tabus, é a exigência de conhecimentos que nunca serão usados na função. 

Alguns exemplos são: nível alto de conhecimento em inglês; técnicas que poderiam ser facilmente aprendidas; experiência prévia em cargos de estágio ou juniores. 

Esses são apenas alguns exemplos da quantidade de coisas absurdas que estão por trás do recrutamento e seleção de algumas empresas. Infelizmente, muitos profissionais de RH ainda fazem esse tipo de exigência. 

É claro que estabelecer os conhecimentos necessários para determinada função deve ser um trabalho conjunto entre o profissional de RH e a diretoria da empresa, com os setores responsáveis. 

Então, todos têm uma parcela de responsabilidade na hora de estabelecer a conjuntura ideal para aquela contratação. Em resumo: todos precisam rever os seus conceitos e a nova realidade do mercado. 

Tratar o interessado como se ele não tivesse escolha

Ainda existem empresas e profissionais de RH que trata o candidato como inferior.

Como se estabelece esse tratamento?

O tom das mensagens, a abordagem, as respostas dadas, sempre colocando a empresa como um ser superior e o candidato abaixo. 

Houve um tempo em que era comum ser assim. Uma pessoa satisfeita profissionalmente era alguém que estava “fichado” em uma empresa, respondendo a um patrão, sem muita autoridade ou muita opinião. 

Hoje, com tantos tipos de emprego, e com o aumento da possibilidade de ser um profissional autônomo, por exemplo, muita gente não vê mais necessidade de trabalhar dentro de uma empresa. 

E o contrário também é real: muitas pessoas que preferem trabalhar dentro de empresas, se especializam para se tornar um ser pensante no lugar em que vão atuar, e não apenas um funcionário operacional. 

E se tratando de funcionários operacionais, estes também são partes essenciais da engrenagem de uma empresa sólida.

Ou seja: diminuir pessoas na hora da seleção é um grande erro de profissionais de RH. 

O ideal é que qualquer pessoa seja tratada como alguém importante para o papel que pode exercer na empresa, e não menos que isso. 

Diminuir alguém por não ter determinado conhecimento

Seguindo a linha de raciocínio do tópico anterior, tratar uma pessoa com diferença simplesmente pelo fato de ela não ter determinado conhecimento, também é um erro comum de maus profissionais de RH. 

Como dito nas linhas anteriores, esse não pode ser um motivo para que alguém seja tratado mal. 

O profissional de RH tem a função de selecionar e, quando ele é bem treinado, entende as etapas essenciais para cada função, assim como maneiras amigáveis de explicar quando uma pessoa não passou para a próxima fase. 

E aí, existe outro ponto em questão: quantidades exacerbadas de fases, sem necessidade. 

Não dar feedback 

Deixar um candidato esperando uma resposta não é nada gentil e ainda deixa uma impressão ruim sobre a empresa. O profissional de RH precisa ter ciência disso e se preparar para dar resposta a todos ainda no momento do planejamento da seleção. 

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