Saúde mental no trabalho: o guia para ter equilíbrio e bem-estar

Uma das maiores preocupações nos tempos atuais é a saúde mental no trabalho. Isso porque muitos modelos tiveram mudanças para que as pessoas pudessem se adequar, devido à pandemia. Então, se você quer aprender mais sobre esse tema, leia esse artigo. 

Se sentir bem, estar realizado na profissão que escolheu e ter um bom salário não são pontos que definem que o trabalhador terá uma boa saúde mental no trabalho.

Com isso, hoje vamos abordar alguns tópicos interessantes sobre esse assunto e que podem te ajudar a ter um desenvolvimento satisfatório dentro da sua empresa (e também te ajudar a entender se você está com algum problema e precisa resolvê-lo).

Sumário com os tópicos apresentados a nesse texto

• O que é saúde mental no trabalho? 
• Qual é o conceito de saúde mental no trabalho?
• Como melhorar a saúde mental do trabalhador? 
• O que afeta a saúde mental no trabalho? 
• Qual é a importância da saúde mental do trabalhador?

O que é saúde mental no trabalho?

De acordo com a definição da OMS (Organização Mundial da Saúde), saúde mental no trabalho é um estado de bem-estar, em que o indivíduo está ciente de suas próprias habilidades, podendo enfrentar as tensões normais da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera, sendo capaz de contribuir com a sua comunidade.

Os casos leves causam em média em uma perda de quatro dias de trabalho/ano. Já os mais graves, por volta de 200 dias de trabalho/ano.

Esses são alguns números que merecem a atenção das empresas para que busquem soluções contínuas de melhoria às equipes.

Afinal de contas, se o funcionário não estiver bem, tanto ele, quanto a empresa, perdem.

Qual é o conceito de saúde mental no trabalho?

O conceito da saúde mental deriva do que falamos anteriormente e se aplica a inúmeras esferas da sociedade.

Pois reflete a necessidade de o indivíduo estar bem onde quer que ele esteja, seja trabalhando ou não.

Pontuando de forma repetitiva, afirmando que saúde mental está intimamente ligada ao bem-estar, instituições especializadas buscam desconstruir a cultura de que só devemos prestar atenção à saúde mental em casos mais graves.

Como melhorar a saúde mental do trabalhador?

Algumas atitudes possibilitam ao trabalhador manter a sua qualidade de vida e, também, não ter pioras na execução de trabalho.

Dessa forma, as mais indicadas são:

1) Cuidar da saúde mental, reduzindo os fatores de risco que estão diretamente ligados ao trabalho;

2) Promover a saúde mental no desenvolvimento de aspectos positivos de trabalho e a partir das habilidades dos colaboradores;

3) Enfrentar casos de problemas de saúde mental independentemente da causa, prestando todo o suporte necessário ao indivíduo.

O que afeta a saúde mental no trabalho?

Os pontos que são mais recorrentes e que levam o indivíduo a ter problemas relacionados à saúde mental no trabalho, são:

1) Diretrizes inadequadas de saúde e segurança;

2) Práticas ruins na comunicação e gestão de pessoas;

3) Limitação para participar de tomada de decisões ou baixo controle sobre a área de trabalho;

4) Apoio escasso aos funcionários;

5) Jornada de trabalho inflexível;

6) Tarefas obscuras ou objetivos organizacionais que geram desconfiança e desconforto à equipe.

Além desses riscos, existe também um fator determinante, que é o uso prejudicial de álcool e drogas psicoativas durante a jornada de trabalho.

O risco pode ser aumentado em situações em que há falta de coesão da equipe ou apoio social, levando os funcionários a situações problemáticas e constrangedoras.

Ainda dentro do fator “riscos”, há também a questão do assédio moral e psicológico que, infelizmente, são relatados com frequência como causadores de estresse relacionados ao trabalho.

Esses comportamentos apresentam riscos para a saúde dos trabalhadores e estão ligados a problemas psicológicos e físicos.

Consequentemente, os resultados disso para a saúde podem ter custos para os empregadores em termos de produtividade reduzida e aumento da rotatividade de pessoal.

Além disso, também pode haver um impacto negativo nas interações familiares e sociais dos funcionários.

Qual é a importância da saúde mental do trabalhador?

Várias pesquisas mostram que 49% dos trabalhadores brasileiros já desenvolveram crises de ansiedade resultantes do trabalho.

Ainda, 44% informam que também já tiveram burnout, uma síndrome que caracteriza o esgotamento mental e físico relacionado ao desempenho de funções profissionais, sejam elas quais forem.

Diferentemente de condições físicas, problemas na saúde mental nem sempre são visíveis, pois, para poder diagnosticá-las, é preciso saber analisar comportamentos e os sinais transmitidos por essas pessoas.

É de responsabilidade das empresas cuidar da saúde mental, então, é preciso desenvolver ferramentas para que funcionários consigam lidar, da melhor forma possível, com adversidades como essas, para que suas equipes possam estar mais vigorosas e satisfeitas com seus trabalhos.

O estresse também é um fator importante nessa conta.

De acordo com um levantamento realizado pela empresa Vittude, uma plataforma digital voltada para o cuidado com a saúde mental, 37% das pessoas passam por problemas com estresse severo; 59% sofrem com a depressão e 63% têm sintomas de ansiedade. 

Quando os números são mostrados, pode até ser que o peso dessas estatísticas seja interpretado como algo não muito preocupante.

Porém, é necessário lembrar sempre que todas essas pessoas têm familiares, amigos e, na maioria dos casos, um emprego. 

Dessa forma, a discussão sobre saúde mental precisa, sim, ultrapassar os altos muros corporativos e ser parte das conversas que acontecem dentro das empresas.

Ajudar funcionários a cuidar de seu psicológico melhora o clima organizacional delas e pode otimizar a integração entre equipes.

Além disso, ao se sentirem mais satisfeitos com seu trabalho, os trabalhadores desempenham suas funções de maneira mais engajada. 

Ao contrário do que a maioria das pessoas pode pensar, terapia não é a única maneira de ajudar colaboradores a passar por momentos difíceis. 

Dentre os vários cuidados que empresas devem ter para ajudar, de maneira mais efetiva, seus funcionários a prosperar em seu trabalho e fora do ambiente corporativo, podemos destacar os pontos abaixo: 

Capacitação de lideranças;

Incentivo à prática de exercícios;

Acesso a serviços de saúde mental, como psicólogos;

Eventos para debate do tema;

Incentivo à alimentação saudável.

É importante também ressaltarmos a diferença entre desmotivação e depressão, já que ambas podem estar presentes na rotina dos colaboradores, mas são muito diferentes entre si.

Os primeiros sinais de depressão podem ser sutis diante de um olhar desatento.

A doença consegue se manifestar em diferentes graus de intensidade, e os sintomas podem ser confundidos com outras questões psicológicas. 

Uma mera desmotivação pode estar ligada a fatores externos, como, por exemplo, um local inadequado de trabalho, demandas abusivas, falta de uma política de benefícios empresarial, falta de reconhecimento do serviço executado, etc. 

A desmotivação pode gerar estresse e tristeza, mas a depressão é mais do que isso.

Uma pessoa deprimida pode ter mudanças bruscas de humor, dificuldade de se concentrar, sentimento de culpa, alterações no apetite, crises de choro, dentre outros sintomas.

Claro, também há a questão da necessidade do acompanhamento psicológico quando a pessoa está deprimida.

Esse é um direito dela e a empresa deve dar todo apoio para que ela consiga melhorar esse quadro de saúde mental que apresenta.

Portanto, prestar apoio e solidariedade é algo imprescindível.

Para complementar as boas práticas e finalizar a nossa orientação, as dicas abaixo servem para direcionar você a fazer uma boa gestão, ajudando, assim, a melhorar a saúde mental dos colaboradores:

1) Inclusão de projetos saudáveis

Ter cuidado com a alimentação e incluir exercícios físicos na rotina podem se tornar hábitos inalcançáveis para os trabalhadores.

Entretanto, a saúde mental pode ser influenciada por práticas saudáveis e, por isso, é recomendado, por vários especialistas na área da saúde que, mesmo que se comece aos poucos, praticar exercícios é muito importante.

Dessa forma, a organização pode começar mostrando como é possível ser mais saudável, oferecendo alimentos nutritivos na hora das refeições, incentivando a prática de exercícios e desenvolvendo projetos de conscientização.

Ela pode também realizar a prevenção no desenvolvimento de doenças psiquiátricas, pois uma vida saudável permite o aumento da produtividade dos funcionários, o que é altamente benéfico a partir do ponto de vista corporativo.

2) Melhoria na comunicação entre a equipe

A rotatividade dos funcionários influencia em diversos setores da empresa e em como eles funcionam.

Também, analisando por outro ângulo, quando há o bom entrosamento das equipes, o laço de confiança se torna maior e, como consequência disso, tem-se como resultado um ambiente de trabalho agradável. 

Referente a essa comunicação, é importante reforçar que o diálogo constante entre os funcionários e a direção da organização facilita a identificação dos erros, pois, quando é estabelecida a relação de reciprocidade, colaboradores responderão de forma sincera aos feedbacks solicitados pelos administradores da empresa.

Dessa forma, fica mais fácil se adequar a realidade que foi exposta pelos funcionários.

3) Aumento da participação do colaborador nos momentos de tomada de decisão.

Ainda sobre aprimorar o diálogo entre os colaboradores e administradores, é importante frisar que sem os trabalhadores o negócio não funciona (isso pode ser um pouco óbvio, mas essa informação deve ser mencionada).

Logo, a voz desse setor deve ser ouvida, em especial, no momento de tomada de decisão que interfere, diretamente, nas condições de trabalho exercida. 

Ao incluir uma política voltada para hábitos saudáveis, por exemplo, os gestores devem apresentar essa ideia e buscar a opinião dos que sofrerão impactos dela diretamente.

Portanto, pode ser que se pense que estabelecer políticas que favoreçam a saúde mental dos funcionários pareça uma tarefa difícil, mas essa atitude é indiscutivelmente de suma importância.

Um ambiente de trabalho saudável precisa, para funcionar como se espera, da criação de uma comunicação efetiva entre a equipe e os diretores, em que os administradores não realizem uma cobrança excessiva apenas de produtividade.

4) Flexibilização de horários

De modo geral, uma carga horária intensa faz parte das principais causas de depressão e de ansiedade no ambiente corporativo.

Em algumas situações, a rotina é extenuante ao ponto de o funcionário sofrer um esgotamento profissional (síndrome de burnout). 

Por isso, a redução do tempo de trabalho ajuda a melhorar o rendimento dos profissionais, pois permitirá que eles executem suas tarefas menos cansados.

Caso não seja possível reduzi-lo, a empresa pode criar uma forma de flexibilizar as jornadas, introduzindo um tempo de descanso que seja satisfatório durante o expediente.

Conclusão

Diante de todos esses argumentos, ficou mais do que claro que saúde mental é algo indiscutivelmente importante e que você, como responsável pelas equipes, precisa estar atento a tudo o que a empresa oferece como estratégia para que os trabalhadores não sejam acometidos por todos esses problemas citados anteriormente.

Então, se a ideia é ter resultados sempre positivos, a engrenagem principal deve ser muito bem cuidada, afinal de contas, sem o capital humano, não existem organizações funcionando.

Por fim, você que está lendo e enfrentando problemas relacionados à saúde mental, cuide-se!

Fale com seu líder sobre como pode ser possível resolver essa questão, faça acompanhamento médico e lembre-se que estar bem é importantíssimo!

Suas dores, só você saberá de onde elas vêm, mas é possível acabar com todas elas e ter uma vida plena.

Procure atividades que proporcionem bem-estar e relaxem a mente, e também tire um tempo para fazer coisas que você gosta. Isso pode parecer algo muito simples, mas já faz muita diferença mesmo no bem-estar.